Audi anuncia corte de US$ 12 bilhões para favorecer eletrificação de automóveis

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A Audi está movendo-se rapidamente para o mercado de carros elétricos. Para a marca de luxo alemã, que fez parte do grupo Volkswagen, é essencial estar presente neste novo segmento, que promete dominar as vendas em diversos países nos próximos anos. Assim, projetando uma boa participação nesse mercado na próxima década, a montadora anunciou um plano de corte de custos da ordem de US$ 12 bilhões.

Segundo a Reuters, a redução nos gastos ocorrerá até 2022, para que o montante financie a eletrificação dos carros da marca, que começará pela introdução do e-tron quattro e do e-tron sportback quattro, mas a Audi planeja outros cinco modelos elétricos para os próximos anos. Um dos pontos fundamentais para que a marca corte gastos é a introdução de uma nova plataforma compartilhada com a Porsche, promovendo assim maior sinergia e consequentemente redução nos custos de desenvolvimento e produção.

Com o Audi e-tron quattro, a marca dá um ponta-pé inicial nesse segmento. O modelo chegará com potências entre 430 cv e 500 cv, bem como autonomia em torno de 500 km e três motores elétricos a bordo. Mas, o movimento da marca de luxo não aponta para a eletrificação de modelos mais baratos, como o Audi A3, por exemplo. Todos os conceitos são concentrados em SUV, cupês e sedãs de alto luxo, bem como carros esportivos.

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É nesse ambiente que a Audi – e também a Porsche – quer atuar, deixando Volkswagen, Seat e Skoda com as massas. Não à toa, só a VW quer vender um milhão de carros elétricos ao ano em 2025. Os outros 2 milhões previstos pelo grupo serão divididos pelas demais marcas, mas certamente tchecos e espanhóis terão a maior parcela desse montante, especialmente no primeiro caso, onde a Skoda atua na China, Índia e Leste Europeu, tendo assim maior penetração.

Para a Audi, a plataforma do Porsche Mission-E será fundamental para seus carros elétricos, assim como a MLB devidamente eletrificada. Já no caso de VW, Seat e Skoda, o foco estará na MEB, dedicada exclusivamente aos elétricos, onde o grupo pretende economizar bilhões de euros em pesquisa, desenvolvimento e produção.

O movimento do grupo alemão não é exclusivo. A Daimler – mesmo com a defesa do diesel – investirá bilhões de euros em novos carros elétricos, iniciando pela Generation IQ, mas terá um foco maior em todos os segmentos, partindo de um Classe A elétrico e alcançando o Classe S. A Volvo quer versões elétricas de todos os seus modelos e até terá produtos nativos. Já a BMW é mais tímida em seus planos futuros, mas tudo parecer indicar que o avanço de fato começará apenas em 2021.

Fonte: Notícias Automotivas

Origem: Reuters