Novo material permite extrair hidrogênio dos oceanos e com custo baixo

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nanomaterial-hidrogenio Novo material permite extrair hidrogênio dos oceanos e com custo baixo

O hidrogênio ainda é para algumas empresas e institutos como o combustível do futuro, dada sua abundância na natureza. O problema é como se obtém o combustível, que pode ser tanto queimado quanto utilizado em células de combustíveis para produzir uma carga elétrica, armazenada em baterias de lítio para uso em motores elétricos.

O processo para se obter o hidrogênio é caro e complexo, sendo que seu armazenamento demanda grande investimento, especialmente em segurança. A difícil manipulação e infraestrutura dedicada, tornam esse combustível pouco viável atualmente, sendo mesmo utilizado apenas por poucas marcas de automóvel e no mercado mundial, apenas alguns países possuem alguma condição de oferecer a tecnologia ao consumidor comum.

EUA, Europa e Japão podem sustentar razoavelmente uma rede de abastecimento de hidrogênio, mas fora deles, a introdução desse combustível se dá em outros níveis, incluindo o transporte público ou por material bélico, no caso submarinos com tecnologia AIP (Propulsão independente do ar). No entanto, pesquisadores da Universidade da Florida Central, EUA, anunciaram o desenvolvimento de um novo material, que permitirá a retirada de hidrogênio da água do mar por um custo baixo.

De acordo com a revista Energy & Environmental Science, o material é descrito como um nanomaterial que possui uma película ultrafina de dióxido de titânio, que possui incrustadas em sua superfície, nanocavidades. Com espessura inferior a um átomo, flocos de dissulfato de molibdénio são injetados para revestir essas nanocavidades, convertendo o material em um catalisador de luz solar, podendo reagir a qualquer espectro de luz, desde a ultravioleta até a infravermelha.

Assim, o novo material pode aproveitar qualquer incidência de luz solar, por menor que seja. Com essa energia, o processo de separação de hidrogênio e oxigênio na água pode ser feita com mais eficiência e menor custo. Yang Yang, professor da universidade americana e líder do projeto, disse: “Nós abrimos uma nova janela real para dividir a água, não apenas água purificada em um laboratório”.

Ele se refere à capacidade de fazer o mesmo com a água do mar, ampliando ainda mais o potencial do invento, que pode colocar o hidrogênio novamente em evidência. Isso acontece porque os fotocatalisadores já conhecidos não duram muito, pois não suportam a biomassa e a salinidade da água dos oceanos.

Já o novo material não tem esse problema. As pesquisas sempre foram baseadas no uso de água purificada até então. Yang diz que o processo de produção do nanomaterial catalisador é fácil e econômico, mas agora quer ampliar as pesquisas para ampliar sua fabricação e melhorar a eficiência.

Fonte: Notícias Automotivas

Origem: PHYS via Observador