Como funciona a suspensão com barra estabilizadora ativa?

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A SUSPENSÃO TAMBÉM PODE CONTRIBUIR PARA AUMENTAR A EFICÊNCIA DOS AUTOMÓVEIS

A indústria está cada vez mais atenta às oportunidades de aumentar o rendimento dos veículos. Além da atenção dispensada aos sistemas tradicionais, como motor, transmissão, pneus e carroceria (peso e aerodinâmica), as fábricas de automóveis procuram soluções que aperfeiçoem qualquer componente que possa gerar ganhos de eficiência.
Um exemplo disso é a recém-lançada barra estabilizadora ativa desenvolvida pela Schaeffler, já adotada por marcas como Audi e BMW em modelos como o SUV SQ7 e o sedã de luxo Série 7.
Assim como as barras estabilizadoras convencionais, a da Schaeffler tem a função de controlar os movimentos da suspensão, assegurando o contato das rodas com o asfalto, de modo a garantir o controle direcional, a segurança e o conforto.
Seu diferencial está no fato de conseguir fazer isso com desempenho superior ao dos dispositivos convencionais e comparável ao dos sistemas mais sofisticados, hidráulicos ou pneumáticos, que são mais pesados e consomem mais energia no funcionamento.
Os sensores (1) enviam informações do comportamento do carro à unidade de controle (2), que por sua vez manda ordens ao motor elétrico (3). Este entre em ação movimentando os braços de aço (4) por meio de embreagens (5) para estabilizar o veículo (Tato Araújo/Quatro Rodas)
Segundo a empresa, o ganho de eficiência energética gerado pela barra estabilizadora ativa pode chegar a 3%, na comparação com um sistema hidráulico, porque ela atua somente quando surge irregularidades na pista ou em curvas. A invenção ganhou no ano passado o German Innovation Awards.
Para as fábricas de automóveis, que têm de atender aos padrões de eficiência cada vez mais rigorosos, toda ajuda nesse sentido é muito bem-vinda.

Conforto

Em linha reta, os eventuais estímulos recebidos pelos braços – presos à suspensão – são transferidos às embreagens e absorvidos, proporcionando um nível de conforto superior ao geralmente apresentado por sistemas convencionais.

Estabilidade

Nas curvas, onde existe transferência de peso de um lado para outro do carro e a carroceria tende a rolar (rolling), o motor gera uma força de modo que os braços iniciam um movimento rotacional no sentido oposto, forçando a carroceria a se estabilizar.

Dirigibilidade

As cargas aplicadas pelo motor aos braços podem variar entre as rodas (internas e externas às curvas), contribuindo para a dirigibilidade. Segundo a fábrica, ela pode ser instalada sem necessidade de alterar a geometria da suspensão.
Fonte: Quatro Rodas