Material rígido e leve pode substituir metal e outros materiais e ainda por cima é renovável
No Salão do Automóvel de 2014, em São Paulo, o UOL Carros conferiu de perto o conceito 208 Natural, da Peugeot, que utilizava uma série de materiais sustentáveis, incluindo cortiça e bambu para o isolamento acústico da cabine. Mais de dois anos depois, o bambu, largamente usado em peças de mobília e decoração, além de ser a comida dos ursos panda, começa a ganhar a atenção de outras montadoras, agora para produção de veículos em larga escala.
A Ford anunciou que poderá usar o material , combinado com plástico, em revestimentos internos dos seus automóveis e utilitários, criando uma superfície de “material ultra rígido” e, ainda por cima, renovável, ao menos na parte relacionada ao bambu, uma planta muito popular, sobretudo em países asiáticos. A companhia, inclusive, produziu um vídeo para falar do material.
De acordo com a montadora, o bambu também é um material relativamente barato e a planta leva de dois e cinco anos para crescer a ponto de ser utilizada. Além disso, conta com uma resistência à compressão maior que a madeira tradicional, tijolo e concreto, com a vantagem adicional de ser bastante flexível. Para completar, o bambu é resistente a altas temperaturas, sendo capaz de suportar até 100 ºC sem problemas.
A Ford ainda não informa quando o bambu passará a ser usado em seus veículos, mas a China, por conta da grande disponibilidade do material, é candidata a receber as primeiras unidades produzidas com esse ingrediente.
Atualmente, a montadora já faz uso de materiais recicláveis e sustentáveis no seu processo produtivo, o que inclui tecidos feitos à base de PET reciclado e espumas feitas com soja.
Fonte: Auto Estrada