Toyota C-HR fica mais distante do Brasil, exceto se for híbrido

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O Toyota C-HR está mais distante do Brasil, pelo menos na proposta esperada para o crossover compacto da marca japonesa, de acordo com o site Automotive Business. Segundo Miguel Fonseca, vice-presidente da empresa no país, não há planos para trazer o utilitário esportivo para o mercado nacional, embora haja interesse da marca no segmento de SUVs compactos.
O problema do C-HR se resume em custos. O crossover é feito atualmente na Turquia e começa sua fabricação também nos EUA e Japão. Feito sobre a plataforma global TNGA, a mesma do Prius, o utilitário esportivo necessitaria de um enorme investimento para sua produção no Brasil, pois apenas a próxima geração do Corolla terá essa base.
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Importa-lo diretamente de Arifiye, na antiga Ásia Menor, representaria um custo considerável por conta dos 35% de imposto de importação, tirando a competitividade do C-HR. Mas, isto apenas na proposta esperada para o crossover em um mercado emergente como o brasileiro. Ou seja, uma versão 2.0 com câmbio CVT, como deve ser oferecido em maior escala nos EUA, estaria descartada.
Uma alternativa local levaria um bom tempo de desenvolvimento e, por enquanto, a Toyota não revelou uma opção viável ao C-HR em qualquer outro mercado. Ainda assim, um SUV compacto com base no Etios traria mais benefícios com baixo custo e melhor rentabilidade, mas não seria uma proposta localizada, pois a Índia espera por algo semelhante. Este, no mínimo, pode surgir como um rival para o Honda WR-V, medindo até 4 metros e ficando na faixa de acesso.
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HÍBRIDO

De volta ao C-HR, a coisa – e a conversa – muda de figura quando o assunto é a versão híbrida do C-HR, que tem motor 1.5 e elétrico, entregando 122 cv. Com a mesma tecnologia do Prius, o crossover da Toyota viraria o jogo no Brasil, pois de acordo com Fonseca, o modelo “fica bem mais competitivo”, embora ainda ressalte que não há um plano para traze-lo.
O assunto anima o executivo e por dois bons motivos. O primeiro é que um Toyota C-HR importado pagaria apenas 4% de imposto de importação, como acontece atualmente com o Prius, tornando seu preço mais interessante. O segundo é que o cliente da marca entendeu a proposta do Prius, que mesmo não sendo um desejado sedã, vende muito mais agora do que antes.
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Os emplacamentos do Prius variam entre 100 e 150 unidades por mês, sendo que apenas em um dia, 28 exemplares foram vendidos no Brasil. Esse número, segundo Fonseca, era igual ao mensal de algum tempo atrás. E o mais importante – inclusive até apontado por alguns leitores do NA – é que 40% das vendas do híbrido são para ex-donos de Corolla. A vantagem tecnológica do modelo e sua economia a longo prazo está convencendo o conservador cliente da marca.
Assim, com a proposta de um híbrido em aceitação, o Toyota C-HR Hybrid poderia alçar um voo mais alto que o Prius, pois uniria essas características com a proposta de um crossover, ainda mais com um estilo agressivo e único, que acabaria atraindo não só donos de Corolla, mas de outras marcas e segmentos de mercado.
O preço provavelmente ficaria na mesma faixa do Prius ou até um pouco acima, na casa dos R$ 130 mil, distante assim do RAV4 2017, que hoje não sai por menos de R$ 159 mil nas revendas. Esse avanço em direção à hibridização no Brasil já está previsto pela Toyota e sem dúvida com o C-HR e um provável Corolla Hybrid, o caminho para uma produção nacional estaria pavimentado.