Primeira bateria de CO2 do mundo está em processo de construção

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Sistema de armazenamento pode solucionar o maior obstáculo para ganho de escala das fontes de energia renováveis

A inovação pode solucionar um dos principais obstáculos no ganho de escala das fontes limpas no mundo: a intermitência na produção da energia — Foto: (Foto: Reprodução Energy Dome)  Época Negócios

A startup italiana Energy Dome tem trabalhado para desenvolver a primeira bateria de CO2 do mundo, capaz de armazenar energia de usinas eólica e solar durante os períodos de superprodução. À base de dióxido de carbono, a tecnologia funciona comprimindo o gás até convertê-lo em sua forma líquida. O calor gerado durante este processo é, então, armazenado.

A inovação, destaca a empresa, abre caminho para solucionar os principais obstáculos no ganho de escala das fontes limpas no mundo: a intermitência na produção da energia e a dificuldade de armazenamento. A tecnologia de CO2 traz vantagens também em relação a baterias de lítio, por exemplo, que são mais caras e exigem manutenção maior.

“As baterias de CO2 podem ser rapidamente implantadas em qualquer lugar do mundo por menos da metade do custo de instalações de armazenamento de baterias de íon-lítio de tamanho semelhante. Além disso, usam materiais prontamente disponíveis, como dióxido de carbono, aço e água”, explica a Energy Dome.

Depois de testar a bateria com sucesso em uma fábrica de pequena escala na Sardenha, ilha italiana localizada no Mar Mediterrâneo, a startup recebeu em novembro o financiamento e apoio da Elemental Excelerator, fundo de investimentos para implantação de tecnologias climáticas com sede nos Estados Unidos. Desde então, o produto é desenvolvido em solo norte-americano.

” A capacidade de armazenar energia de fontes intermitentes como solar e eólica por períodos prolongados é uma peça que faltava no quebra-cabeça da descarbonização”, explicou em nota a Elemental, sobre o financiamento.

Fonte: Época Negócios