O AVEX – Autonomia de Veículos Elétricos com Base na Experiência do Usuário

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Fala galera, beleza??? Quero falar um pouco do AVEX para vocês, como ele surgiu e o real objetivo de apresentar essas informações. Para ser mais assertivo, vou trazer o trecho de apresentação do próprio site.

 

O AVEX – Autonomia de Veículos Elétricos com Base na Experiência do Usuário é uma iniciativa da ABRAVEI – Associação Brasileira dos Proprietários de Veículos Elétricos e Inovadores para ajudar os atuais e novos usuários de veículos elétricos a saberem quanto cada modelo consegue entregar de autonomia mínima e máxima.
Por meio do compartilhamento de experiências, relatadas com o devido contexto em que ocorreram, o AVEX tem como objetivo apresentar uma visão de quanto se consegue rodar com cada veículo, em diferentes condições de uso, baseado na realidade das ruas e estradas do Brasil. Afinal, não há ninguém melhor do que o usuário para falar sobre a autonomia do seu próprio veículo.
Tudo começou com a notícia de que o INMETRO incluiria na etiquetagem veicular a autonomia dos veículos elétricos com base em ciclo de autonomia até então pouco claro, tanto para os fabricantes quanto para os usuários.

Dentre as novidades da aferição de autonomia, falou-se que seria aplicada uma “penalidade” de 30% na autonomia informada pelas fabricantes porque o brasileiro não sabe dirigir carro elétrico, sem explicar exatamente sobre oque seria aplicado esse valor..

A verdade é que o INMETRO não soube explicar como chegou até a decisão de adotar esse método de indicação de autonomia, exceto por algumas falas da ANFAVEA dizendo que ajudou a construir a informação.

Para ser bem sincero, não considero a informações do PBEV totalmente negativas, pois permite ao consumidor comparar o consumo energético entre um carro à combustão e um veículo eletrificado. O problema é que ninguém pensa em usar MJ com parâmetro de comparação. Se você não sabe oque é MJ, essa é a prova que trata-se de uma informação de pouca utilidade para o consumidor.

Além disso, a etiqueta traz o consumo relativo na cidade e na estrada dos veículos elétricos se usassem gasolina, permitindo demonstrar de forma clara como um veículo eletrificado é extremamente eficiente. Entretanto, desde que a onda dos veículos elétricos começou a tomar força, os críticos sempre apontaram a autonomia como o calcanhar de Aquíles sem dar a devida ênfase na eficiência energética.

É exatamente neste ponto que o ciclo apresentado pelo INMETRO gerou tantas polêmicas, pois trouxe um dado de extrema relevância sem esclarecimento de como foi apurado. Por conta disso, gostaria de elucidar oque o INMETRO propôs e a importância do AVEX diante disso.

Sem muita informação, o INMETRO pediu que as montadoras divulgassem a autonomia de seus carros usando o ciclo SAE J1634, o mesmo utilizado pela EPA nos Estados Unidos. Entretanto, observou-se tantas diferenças entre modelos que, até então apresentavam a mesma autonomia, que gerou-se a dúvida se a autonomia divulgada pela montadoras está correta.

Outro ponto que é discutido refere-se ao ciclo de avaliação escolhido pelo INMETRO. O ciclo SAE J1634 é utilizado pela EPA (Environmental Protection Agency). O SAE J1634 leva em consideração o hábito de condução americano que inclui muito mais percursos rodoviários e velocidades médias que aquelas praticadas no Brasil.

Voltando para o Brasil, quando vemos a etiqueta de consumo de um veículo à combustão, apresenta-se a média de consumo do carro, tanto na cidade quanto na estrada. Entretanto, a etiqueta do veículo eletrificado (híbridos também entram na brincadeira) demonstra o pior cenário, independente do ambiente de condução. Dessa forma, a informação que chega ao consumidor leigo é que o melhor cenário será aquele apresentado pela etiqueta e desestimulando a compra do veículo.

 

Etiqueta de autonomia veicular

Como entidade representativa que tem o objetivo de impulsionar a Mobilidade Sustentável, a ABRAVEi decidiu criar o AVEX para trazer a experiência de cada usuário de veículo elétrico NO BRASIL. Assim, tanto os consumidores quanto as montadoras poderão obter a informações de autonomia dos veículos elétricos em nosso cotidiano.

Veículos cadastrados no AVEX

Diferentemente do INMETRO, o AVEX apresenta sempre dois cenários, a maior e a menor autonomia de cada veículo. Além do número, é informada a condição que foi obtida a autonomia apresentada e os valores declarados conforme cada ciclo (NEDC, WLTP, EPA e PBEV).

O mais importante é deixar bem claro que todas as experiências foram obtidas por pessoas normais que desejam compartilhar as autonomias reais alcançadas e como conseguiram a proeza de superar as expectativas das próprias montadoras.

Dentre os veículos elétricos já cadastrados, a maior diferença entre a autonomia declarada e aquela conquistada é de um usuário com o BYD Yuan Plus EV que teve um consumo energético que permitiria rodar 550 km com uma carga de bateria. Trata-se de uma diferença de 32% a mais em comparação com o ciclo WLTP e 87% em comparação com o ciclo do INMETRO.

 

Detalhes sobre a experiência cadastrada no AVEX

Como mencionado antes, não digo que o PBEV é totalmente descartável, mas a informação mais relevante para o consumidor está fora da nossa realidade. Sendo assim, nada melhor que consultar o AVEX para saber oque os demais motoristas estão conseguindo.

Te convido a conhecer o AVEX, tanto para consultar quanto para compartilhar suas experiências. Juntos, vamos derrubarmos alguns mitos e matérias tendenciosas quanto ao uso de veículos elétricos no Brasil.

Até mais.

Fonte: Meu Carro elétrico